Primeiramente a diminuição dos tempos de preparação dos equipamentos, conhecida como SMED (Single Minute Exchange of Die) é um importante passo para o aumento da eficiência produtiva e consequentemente no ganho da produtividade. Assim podem-se destacar como principais benefícios do uso desta ferramenta: produção de diferentes tipos de produtos em uma mesma jornada de trabalho; redução dos tempos totais de fabricação, do tamanho dos lotes processados; custos de fabricação; a diminuição dos tempos de entregas dos pedidos, e um atendimento mais rápido da demanda de mercado.
Sendo assim, o sistema Toyota de produção (STP), criado por Eiji Toyoda e Taiichi Ohno na década de 1950, com objetivo de eliminar desperdícios, com isto foram criadas técnicas como: a produção em pequenos lotes, redução de estoques, alto foco na qualidade, manutenção preventiva, entre outras. Assim a produção em pequenos lotes e a redução de estoques incentivam enormemente ações no sentido da redução do tempo de setup, um capacitador da produção puxada, de acordo com Godinho Filho e Fernandes (2004).
As técnicas aplicadas na Toyota foram todas desenvolvidas internamente, com exceção do SMED, sistema para redução de tempo de setup de máquinas, elaborado em colaboração com o consultor Shigeo Shingo (WOMACK; JONES, 1998). Todavia os estudos sistemáticos realizados por Shingo foram descritos em seu livro SMED – revolution in manufacturing – que apresenta uma breve estrutura conceitual, descrevendo técnicas que auxiliam na metodologia e oferece diversos exemplos de aplicações do SMED em empresas.
SMED (Single Minute Exchange of Die) segundo SHINGO
Contudo segundo SHINGO (1996) o Sistema Toyota de Produção (STP) “é um sistema que visa a eliminação total de perdas”. Ainda segundo SHINGO (1989), um dos princípios básicos do STP é a redução dos tempos de troca de ferramentas e matrizes, o que possibilita para a empresa, resposta rápida diante das mudanças do mercado.
Tendo esse objetivo em vista, SHINGO (1996), propôs o sistema SMED (Single Minute Exchange of Die) ou TRF (Troca Rápida de Ferramenta) por volta dos anos 50. Trata-se de uma ferramenta que possibilita diminuir os tempos de setup das máquinas, possibilitando a fabricação em pequenos lotes, aumentando assim a capacidade das máquinas e ajudando a aperfeiçoar a produção como um todo.
Entende-se por tempo de setup a saída da última peça boa da produção do lote anterior, até a primeira peça boa do lote seguinte, ou seja, é o tempo de preparação da máquina. Quando esse tempo é elevado, a empresa tende a produzir lotes maiores de peças, pois, assim, o tempo de setup por unidade é reduzido. Dessa forma a redução do tempo de setup permite a empresa produzir lotes menores de peças com o mesmo tempo de setup por unidade. Com isso, a empresa diminui os níveis de estoque e consegue aumentar sua flexibilidade de produção.
O nome da ferramenta traduz a ideia de Shingo que era reduzir o tempo de setup para um tempo com no máximo um dígito, ou seja, abaixo de dez minutos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
OHNO, T. O sistema Toyota de Produção. Além da produção em larga escala. Trad. Cristina Schumacher, Porto Alegre. BOOKMAN, 1997.
SHINGO, S. A Revolution in Manufacturing: The SMED System. Productivity Press. Cambridge, MA, 1985.
SHINGO, S. O Sistema Toyota de Produção – do ponto de vista da engenharia de produção. 2ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
SHINGO, S. Sistema de troca rápida de ferramenta: uma revolução nos sistemas produtivos. Porto Alegre: Bookman, 2000
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