Manutenção Autônoma no TPM: a chave para a excelência operacional em 07 passos

A Manutenção Autônoma é um dos pilares fundamentais do TPM (Total Productive Maintenance), uma metodologia que busca eliminar as perdas em processos produtivos e alcançar a excelência operacional. Nesse pilar, os operadores assumem a responsabilidade pela manutenção básica dos equipamentos, realizando inspeções e pequenos reparos no dia a dia.

Isso não apenas contribui para a redução de falhas e paradas não programadas, mas também aumenta a vida útil dos equipamentos, reduzindo custos e aumentando a eficiência do processo produtivo. Além disso, a Manutenção Autônoma incentiva a participação ativa dos operadores no processo produtivo, aumentando o engajamento e o senso de responsabilidade.

Para implementar a Manutenção Autônoma, é necessário fornecer treinamento adequado aos operadores e estabelecer um plano de ação para a manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos. É importante também ter um sistema de monitoramento e acompanhamento da eficácia das ações de manutenção, para avaliar e ajustar o processo continuamente.

A manutenção autônoma tem como missão capacitar os próprios operadores a realizar a manutenção básica e rotineira de seus equipamentos, reduzindo a dependência de uma equipe de manutenção especializada e permitindo que os operadores possam agir rapidamente para solucionar problemas.

Além disso, a manutenção autônoma também é importante para aumentar o envolvimento e a responsabilidade dos operadores em relação à operação e manutenção dos equipamentos, criando uma cultura de cuidado e atenção aos detalhes que se estende por toda a empresa.

Implementar a manutenção autônoma pode parecer um desafio, mas com os treinamentos adequados e a conscientização da equipe, ela pode ser uma ferramenta poderosa para garantir a excelência em suas operações.

O objetivo primário do departamento de produção é garantir a produção de produtos com qualidade, alta produtividade e baixo custo. Para alcançar esse objetivo, é fundamental que os operários tenham um conhecimento aprofundado dos equipamentos que utilizam. Entre as funções mais importantes desse departamento, está a detecção e tratamento rápido de possíveis anormalidades no equipamento, que pode ser facilmente alcançado através da implementação de uma boa manutenção autônoma.

A manutenção autônoma é essencial para garantir que os operários estejam sempre conscientes do estado de seus equipamentos e que possam detectar qualquer problema o mais rápido possível, evitando possíveis paradas de produção e reduzindo os custos de manutenção a longo prazo.

Imagine profissionais de elite, como os pilotos de corrida, que confiam em seus equipamentos para vencer e alcançar metas. Eles se preocupam com a condição de suas ferramentas e buscam constantemente melhorá-las. Da mesma forma, para realizar um trabalho de qualidade, é essencial que os profissionais cuidem de seus equipamentos e ferramentas de trabalho. Isso é especialmente verdadeiro para aqueles que atuam na primeira linha, onde a manutenção autônoma é fundamental para o sucesso. Como diz o ditado, “uma boa ferramenta é metade do trabalho”, e isso se aplica a qualquer profissional que busca excelência em sua função.

Os 8 Pilares do TPM: princípios fundamentais para excelência operacional

A manutenção autônoma é uma metodologia que aplica a força de trabalho dos operários na manutenção e preservação dos equipamentos.

Os principais objetivos de um programa de manutenção autônoma são (SUZUKI, 1993):

  • (i) evitar a deterioração do equipamento através de uma operação correta e inspeções diárias;
  • (ii) transformar o equipamento em seu estado ideal através de sua restauração e uma gestão apropriada; e
  • (iii) estabelecer condições básicas necessárias de manutenção.

Desenvolver habilidades e comportamentos é essencial para o sucesso de qualquer equipe. No contexto do TPM, é importante que os operários sejam capazes de desempenhar atividades de manutenção autônoma com segurança e eficiência. Para isso, é necessário que a equipe de produção receba treinamento adequado e que sejam removidos quaisquer obstáculos e limitações relacionados ao conhecimento técnico. O departamento de manutenção desempenha um papel crucial nesse processo, pois é responsável por capacitar a equipe e incentivar práticas seguras de manutenção

Os sete passos da manutenção autônoma

A manutenção autônoma é um processo composto por 7 passos que visam garantir a integridade dos equipamentos. Os primeiros 3 passos têm como objetivo impedir a deterioração do equipamento e manter suas condições básicas. Isso inclui a restauração das condições ideais de operação por meio de limpeza, lubrificação e inspeções regulares. Para isso, os trabalhadores elaboram e seguem padrões de inspeção, lubrificação e limpeza, que incluem frequência e responsável pela realização das atividades.

Além disso, atividades de melhoria e manutenção de rotina são necessárias para aprimorar locais ou estruturas de difícil acesso para limpeza, lubrificação e inspeção. Essas atividades são contínuas e formam a base para os passos subsequentes da manutenção autônoma. Dessa forma, os trabalhadores desenvolvem habilidades e comportamentos que garantem a manutenção adequada dos equipamentos.

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Os passos 4 e 5 da manutenção autônoma são cruciais para aprimorar as inspeções gerais dos equipamentos, adicionando padrões que complementam os procedimentos de limpeza, lubrificação e inspeção estabelecidos nos três primeiros passos. No passo 4, os trabalhadores recebem treinamento sobre inspeção geral e aprendem mais sobre os subsistemas do equipamento. Além disso, são implantados controles visuais para facilitar os procedimentos de inspeção. No passo 5, as listas de inspeção são revisadas e melhoradas com base nos conhecimentos adquiridos durante a inspeção geral.

Os primeiros cinco passos da manutenção autônoma concentram-se principalmente nos aspectos mecânicos, visando a manutenção do equipamento. No entanto, o passo 6 abrange toda a área de trabalho e o processo de produção, organizando materiais e ferramentas e gerenciando visualmente todas as atividades. Neste estágio, é importante padronizar os procedimentos para melhorar a eficiência e eficácia das atividades.

Finalmente, o passo 7 é a fase na qual os equipamentos realizam atividades de manutenção com independência, e os trabalhadores iniciam a auto-gestão do equipamento. Esta fase permite uma maior autonomia dos equipamentos e aumenta a capacidade dos trabalhadores para lidar com problemas técnicos.

Os 7 passos da Manutenção Autônoma são um conjunto de etapas que visam desenvolver a cultura de autogestão e autonomia dos operadores na manutenção dos equipamentos e máquinas da indústria. São eles:

  1. Limpeza e inspeção inicial: consiste em limpar o equipamento ou máquina e inspecioná-lo visualmente para detectar qualquer tipo de anomalia ou desgaste;
  2. Eliminar fontes de sujeiras e locais de difícil acesso: nesse passo, os operadores procuram identificar e eliminar as fontes de sujeira e as áreas de difícil acesso que possam dificultar o processo de limpeza e manutenção;
  3. Padrões iniciais e lubrificação: criação de um conjunto de padrões para os procedimentos de limpeza e lubrificação dos equipamentos;
  4. Inspeção geral: é realizada uma inspeção mais aprofundada dos equipamentos, verificando seu funcionamento, ajustes e possíveis reparos;
  5. Inspeção autônoma: os operadores realizam inspeções periódicas e preventivas para identificar possíveis problemas e garantir a qualidade e a confiabilidade dos equipamentos;
  6. Autogestão do local de trabalho: os operadores são responsáveis por manter a ordem e a limpeza do local de trabalho, além de zelar pela segurança no ambiente industrial;
  7. Gestão autônoma totalmente implementada: nessa última etapa, os operadores são capazes de realizar todas as atividades de manutenção autônoma de forma independente, sendo responsáveis pela gestão e conservação dos equipamentos e máquinas.

Os 7 passos da Manutenção Autônoma e suas principais dificuldades

  1. Passo 1 – Limpeza e Inspeção Inicial: Uma das principais dificuldades é garantir que a limpeza e inspeção sejam realizadas adequadamente e que não sejam negligenciadas. Outra dificuldade é garantir que a limpeza e inspeção sejam realizadas regularmente, sem deixar que o processo de manutenção autônoma seja interrompido.
  2. Passo 2 – Eliminar fontes de sujeiras e locais de difícil acesso: A principal dificuldade aqui é identificar todas as fontes de sujeira e locais de difícil acesso, e garantir que todos eles sejam eliminados ou acessíveis para limpeza e inspeção.
  3. Passo 3 – Padrões Iniciais e Lubrificação: A dificuldade aqui é garantir que todos os procedimentos e padrões sejam bem definidos e seguidos, e que os operadores estejam adequadamente treinados em relação à lubrificação e manutenção dos equipamentos.
  4. Passo 4 – Inspeção Geral: A dificuldade aqui é garantir que todas as inspeções sejam realizadas regularmente e de forma adequada, sem deixar que falhas passem despercebidas.
  5. Passo 5 – Inspeção autônoma: A principal dificuldade aqui é garantir que os operadores sejam capazes de identificar e resolver problemas por conta própria, sem depender da equipe de manutenção.
  6. Passo 6 – Autogestão do local de trabalho: A dificuldade aqui é garantir que os operadores estejam envolvidos na gestão do local de trabalho e que possam identificar e resolver problemas rapidamente.
  7. Passo 7 – Gestão Autônoma Totalmente implementada: A principal dificuldade aqui é garantir que todos os passos anteriores tenham sido bem-sucedidos e que a equipe de operadores esteja realmente envolvida e comprometida com a manutenção autônoma. Além disso, é preciso garantir que as atividades de manutenção sejam bem planejadas e coordenadas para que o processo de manutenção autônoma funcione de forma eficiente.

Abaixo os principais benefícios de cada passo da Manutenção Autônoma:

Passo 1 – Limpeza e Inspeção Inicial:

  • Redução de acidentes e falhas operacionais causadas por sujeira e resíduos;
  • Identificação de possíveis problemas de qualidade que possam ocorrer devido a sujeira ou contaminação;
  • Prevenção da deterioração dos equipamentos causada por depósitos de sujeira.

Passo 2 – Eliminar fontes de sujeiras e locais de difícil acesso:

  • Eliminação de possíveis fontes de contaminação dos equipamentos;
  • Redução do tempo de manutenção e inspeção;
  • Melhoria da qualidade do produto.

Passo 3 – Padrões Iniciais e Lubrificação:

  • Estabelecimento de procedimentos padrões para operação e manutenção de equipamentos;
  • Redução de falhas operacionais causadas por falta de lubrificação;
  • Aumento da vida útil dos equipamentos.

Passo 4 – Inspeção Geral:

  • Identificação antecipada de possíveis problemas nos equipamentos;
  • Redução do tempo de parada não programada dos equipamentos;
  • Aumento da confiabilidade e segurança dos equipamentos.

Passo 5 – Inspeção Autônoma:

  • Envolvimento dos operadores no processo de manutenção e conservação dos equipamentos;
  • Aumento da eficácia das inspeções;
  • Identificação precoce de problemas e redução do tempo de parada dos equipamentos.

Passo 6 – Autogestão do local de trabalho:

  • Engajamento e responsabilidade dos operadores pela manutenção e conservação dos equipamentos;
  • Aumento da eficiência e produtividade dos equipamentos;
  • Melhoria do ambiente de trabalho e segurança dos operadores.

Passo 7 – Gestão Autônoma Totalmente implementada:

  • Melhoria contínua do processo de manutenção e conservação dos equipamentos;
  • Maior eficácia e eficiência no uso dos equipamentos;
  • Redução de custos e aumento da competitividade da empresa.

Cópia de BANNER TPM MASTER - MANUTENÇÃO PRODUTIVA (1)

Qual o papel do pilar Manutenção Autônoma no TPM?

O pilar de Manutenção Autônoma é um dos oito pilares do TPM (Manutenção Produtiva Total) e desempenha um papel fundamental no sucesso da implementação da metodologia. Esse pilar incentiva os operadores e equipes de produção a assumirem um papel mais ativo na manutenção dos equipamentos e na prevenção de problemas.

A Manutenção Autônoma envolve o desenvolvimento de um programa de limpeza e inspeção diária por parte dos operadores, que têm como objetivo manter as máquinas e equipamentos em boas condições de funcionamento. Os operadores são treinados para identificar sinais de desgaste e danos nos equipamentos, realizar limpezas regulares e pequenas manutenções preventivas, além de relatar problemas mais sérios à equipe responsável pela manutenção.

Ao implementar o pilar de Manutenção Autônoma, as empresas podem obter uma série de benefícios, tais como:

  • Redução de paradas não planejadas: Com os operadores cuidando dos equipamentos diariamente, os problemas são identificados mais rapidamente, o que reduz o tempo de parada dos equipamentos.
  • Aumento da vida útil dos equipamentos: Com a manutenção preventiva e a limpeza regular dos equipamentos, a vida útil é prolongada, reduzindo os custos de manutenção e substituição de peças.
  • Melhoria da qualidade dos produtos: Máquinas bem mantidas produzem produtos de melhor qualidade e com menos defeitos.
  • Aumento da eficiência: A Manutenção Autônoma ajuda a aumentar a eficiência dos equipamentos, reduzindo o tempo de parada para manutenção e aumentando a produtividade geral.

Em resumo, o pilar de Manutenção Autônoma é crucial para o sucesso do TPM, pois incentiva a participação ativa dos operadores na manutenção dos equipamentos, reduzindo paradas não planejadas, prolongando a vida útil dos equipamentos e melhorando a eficiência e qualidade dos produtos.

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